sábado, 27 de novembro de 2010

É tempo

É tempo de olhar as flores

Contemplar o colorido da natureza

A riqueza do pôr-do-sol

Meio rosa, azul e laranja...

Fazendo festa para a noite que chega

É tempo de olhar o mar

Mesmo que a noite esteja mais escura que nunca

E que não haja uma estrela sequer brilhando

O vento que sopra parece que vem de dentro da alma

É tempo de arar a terra

Tirar as ervas daninhas

Limpar o jardim e semear

É tempo de regar as plantas que já cresceram

E colher os frutos que vieram

Mais abundantes que nunca

A parreira esta carregada...

É tempo de ouvir o canto dos bem-te-vis

Sentir o cheiro do manacá

E ficar minutos contemplando as rosas

E nisso tudo contemplar Deus

Artista maior, que compôs, pintou e criou

Tudo isso para que eu tivesse esse tempo

E os momentos únicos

De conversa silenciosa

Entre Deus e eu.



Graça Maria (Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

o caminho para vencer a AIDS não é o preservativo, e sim a humanização da sexualidade.

.-
No livro-entrevista com o jornalista alemão Peter Seewald titulado “Luz do Mundo”, que será apresentado no Vaticano nesta terça-feira 23 de novembro, o Papa Bento XVI assinala que opreservativo não é o modo verdadeiro nem adequado para vencer a AIDS, e sim a humanização da sexualidade.

Em um extrato do livro que leva como subtítulo “O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos”, divulgado ontem pelo L’Osservatore Romano e apresentado erroneamente por diversos meios de comunicação como a “aceitação da camisinha por parte do Papa”, o Santo Padre reitera o que disse em sua viagem à África em 2009: o caminho para vencer a AIDS não é o preservativo, e sim a humanização da sexualidade.

Bento XVI assinala que “a mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias”.

Assim o Papa precisa: “É por isso que o combate contra a banalização da sexualidade também faz parte da luta para que ela seja valorizada positivamente e o seu efeito positivo se possa desenvolver no todo do ser pessoa”.

O Papa usa logo o exemplo de um prostituto que usa um preservativo e o apresenta como um primeiro passo para a moralização: “Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer”.

“Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por VIH/HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade», esclarece o Santo Padre.

“É evidente que a Igreja não considera a utilização do preservativo uma solução verdadeira e moral”, acrescenta Bento XVI.

A Folha de São Paulo informou hoje que “O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, deu um comunicado oficial pelo qual as manifestações de Bento 16 "não reformam ou mudam as doutrinas da Igreja, mas as reafirmam, na perspectiva do valor e da dignidade da sexualidade humana como expressão de amor e responsabilidade".

Ao contrário do que a mídia vem divulgando, a Folha também esclarece que “o Vaticano assegurou neste domingo que as palavras do papa Bento 16 sobre o uso do preservativo, segundo ele justificável em "alguns casos", não são "uma mudança revolucionária", mas uma "visão compreensiva" para levar a humanidade "culturalmente muito pobre rumo ao exercício responsável da sexualidade".

O Papa reitera a posição da Igreja

As palavras de Bento XVI neste livro reforça o que já expressou ele em sua viagem a Camarões e a Angola em 2009, que ocasionaram duras críticas e que divulgado por um setor da imprensa de maneira tergiversada. O Santo Padre explicou que “não se pode superar este problema da AIDS apenas com slogans publicitários. Se não existir o ânimo, se os africanos não se ajudarem, não se pode resolver o flagelo com a distribuição de preservativos: ao contrário, o risco que se corre é o de aumentar o problema".

Na entrevista que deu durante o vôo a Camarões em março de 2009 ao ser perguntado pelo trabalho da Igreja na luta contra a AIDS, bastante extensa em todo mundo especialmente na África, o Papa disse que o caminho para enfrentar esta enfermidade “pode encontrar-se apenas em um duplo esforço: o primeiro consiste em uma humanização da sexualidade, quer dizer uma renovação espiritual e humana que leve consigo um novo modo de comportar-se um com o outro”.

O segundo passo que propôs para esta tarefa é o de “uma verdadeira amizade também e sobre tudo com os que sofrem, a disponibilidade, também com sacrifícios, com renúncias pessoais, para estar com os que padecem".

Abusos sexuais e outros temas

Nos extratos apresentados pelo L’Osservatore Romano, o Papa se refere ao judaísmo, a relação com o Islã, e outros temas como a cobertura da imprensa sobre os abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero. Bento XVI adverte que em muitos casos isto usou-se como uma forma de desacreditar a Igreja antes que investigar procurando a verdade.

O Santo Padre explica ademais que a Igreja não pode ordenar mulheres ao sacerdócio. Entretanto, precisa, o lugar das mulheres nela é fundamental e isto pode observar-se na importância da Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, e em testemunhos de santidade como o da Beata Teresa de Calcutá.

O Papa Bento XVI se descreve a si mesmo como um mendigo que confia em sua amizade com o Senhor, a Virgem os Santos para viver sua vocação. Suavida sem a alegria cristã seria insuportável, afirma

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quem ama cuida!

Quer saber quais as coisas que você ama?

Acredito profundamente na máxima que diz: “Quem ama cuida”, e percebo que tal ditado se estabelece como critério avaliativo para pesarmos nossos relacionamentos.Quer saber quais as coisas que você ama? É só verificar atentamente as coisas das quais você cuida, pois a gente só percebe que ama depois que descobre que cuida.

Você ama sua família? Seus amigos? Sua esposa (o)? Você cuida destes? Quanto tempo você gasta com eles? Ou seu amor é apenas um vago sentimento que não muda em nada a vida dos que lhe são caros… Amor implica atitude, não existe amor estático, só de palavras; quem ama incomoda.

Amar é buscar o outro, é preocupar-se com ele, é gastar tempo com a pessoa e por causa da pessoa. Amar é ter a coragem de se expor pelo outro. Não acredito naqueles que dizem nos amar, mas não fazem nada para que nossa vida se torne melhor. Quem ama dá um jeito, arranja tempo, liga, se envolve; enfim, se faz presença.

Não se constroem grandes relacionamentos por meio de cursos de correspondência. Para que os laços se aprofundem é preciso gastar tempo ao lado do outro. Deus nos livre de relacionamentos superficiais, nos quais o que impera é a representatividade e o cuidado é ausente… Amor sem cuidado é arte sem encanto, é corpo sem alma, é abstração.

E mais: será que nós nos amamos? Será que cuidamos de nós, de nosso visual, de nosso coração? Será que investimos em nós? É impossível cuidarmos de alguém se não aprendemos a nos cuidar. E também, por vezes, teremos que aprender a nos deixar cuidar pelos outros, pois, do contrário, correremos o risco de morrer isolados em nossa própria resistência.

O que você ama? Do que você cuida ou precisa cuidar?

Ainda dá tempo, sempre dá…

Deixo-o com o santo poder que traz em si questionamento… ou melhor: ? (a interrogação).

Adriano Zandoná
verso.zandona@gmail.com
Seminarista e Missionário da Comunidade Canção Nova. Reside na Missão de Cachoeira Paulista. É formado em Filosofia e em Teologia, e está preparando-se para a Ordenação Diaconal.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cultura moderna precisa da reflexão e ação da Igreja, diz Papa

Diante do relativismo que influencia a cultura moderna, é urgente uma formação que promova o homem na sua totalidade e plenitude, disse o Papa Bento XVI nesta quinta-feira, 28, aos membros das Pontifícias Academias. A audiência especial aconteceu na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, e teve como tema "A formação teológica do presbítero".

Bento XVI enfatizou que a Igreja deve oferecer razões de verdade, vida e esperança onde faltam ideais e a própria moral. "À carência de pontos de referência ideais e morais, o que penaliza particularmente a vida civil e sobretudo a formação das novas gerações, deve corresponder uma oferta ideal e prática dos valores e da verdade, de razões fortes de vida e de esperança, que possam e devam interessar a todos, especialmente aos jovens", destacou.

O Santo Padre sublinhou que tal compromisso deve ser particularmente obrigatório para a formação dos candidatos ao sacerdócio, como exige o Ano Sacerdotal e como afirma o tema deste ano escolhido pelas Pontifícias Academias.

O Papa frisou que a cultura atual e, mais ainda os fiéis solicitam continuamente a reflexão e a ação da Igreja nos vários âmbitos onde emergem novas problemáticas, sobretudo na pesquisa filosófica e teológica das Academias Pontifícias.

"É necessário que as Pontifícias Academias sejam hoje, mais do que nunca, instituições vitais e vibrantes, capazes de perceber com exatidão as demandas da sociedade e da cultura, bem como as necessidades e expectativas da Igreja, para fornecer uma contribuição apropriada e valiosa, e assim promover, com todas as energias e recursos disponíveis, um autêntico humanismo cristão", acrescentou.

Esta é a décima quarta vez que o Conselho das Pontifícias Academias realiza uma conferência para tratar de uma questão atual. O intuito é demonstrar qual a contribuição da Igreja no âmbito teológico e na recuperação das raízes cristas.