segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

As 5 fases da vida nova

“De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte” (Rm 8, 1-2).

Deus não o condena. Por tantas coisas que Ele já fez por você, agora já não há condenação para os que estão no Cristo Jesus. Existe salvação, perdão, reconciliação, vida nova, tempo novo. A partir de agora, você pode experimentar a vida nova.

Meu irmão, convença-se disso, porque o mundo nos prega muitas mentiras. Ela (mentira) aparece na vida do ser humano 250 vezes por dia, segundo uma séria pesquisa. A mentira faz parte do nosso dia-a-dia e vai nos dizendo que a nossa vida "não tem jeito". Mas Deus, ao contrário, nos diz que não há condenação para os que estão em Cristo.

A lei do pecado é a morte. Muitos de nós já experimentaram essa lei na morte do casamento, na morte dos sonhos, no término de um relacionamento, na infidelidade; mas, agora, “por tanto” [tanta beleza que Deus realizou na sua vida], a lei de Jesus o libertou dessa lei do pecado. Isso é uma novidade para nós!

O Espírito já o libertou para a vida nova em Cristo. Para ela acontecer, você precisa romper com a vida velha, porque ela o prende nos sentimentos. A salvação já foi dada, você já conhece essa história dos 2 mil anos do Cristianismo, mas o que precisamos fazer agora é assumir essa verdade. Precisamos que você volte para a sua casa convencido disso e realize o impossível junto à sua família.

Deus tomou forma humana e assumiu a nossa condição. Você não precisa apanhar da vida, porque Jesus já apanhou por nós. Era impossível alguém apanhar tanto, estar tão sucumbido sob o peso dos pecados do mundo inteiro. A lei do Espírito Santo de Deus nos libertou das lágrimas, da tristeza, dos vícios. “Deus vê o coração, ele sonda com compaixão, sabe o tamanho da sua dor”.

Vocês está preparado para a vida nova? Agora, neste momento, já não há condenação para os que estão no Cristo Jesus.

“Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito. 6.Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz” (Rm 5-6).

Um filho que olha para o pai e para mãe e cumpre os mandamentos; isso é espiritual. A fidelidade no casamento, a amizade, isso é espiritual; porque, outrora, tínhamos amigos para combinar data e hora do pecado, para ir juntos comprar drogas.

Eu tinha amigos que, junto comigo, estavam sob a lei do pecado. Mas agora é vida nova. Você vai voltar para essa família, para esse amigo e inaugurar um novo tempo na sua vida.

Com a vida nova em Cristo, você cristão vai começar a viver 5 novas fases que vão acompanhá-lo a partir de hoje:

1ª fase: Você será zombado pelos mais próximos de você;
2ª fase: Você passará a ser respeitado;
3ª fase: Você será considerado, as pessoas vão pedir a sua opinião;
4ª fase: Você será admirado;
5ª fase: Você será uma referência.

Para mim, meus pais eram a minha referência e foram eles que me tiraram das drogas. Se há alguém perdido na sua casa, você é a solução, porque Jesus está contigo. Pela lei do Espírito, você é capaz de viver uma vida nova.

Dunga
Missionário da Canção Nova, cantor e apresentador do programa PHN

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O amor humaniza a sexualidade

Amor: somente ele pode, de fato, humanizar a sexualidade. No entanto, em nossos dias esse termo se encontra envolto em uma complexa confusão em seu sentido e compreensão. Muitos o têm reduzido apenas à dimensão do prazer, em sua especificidade erótica. É certo que essa palavra engloba também essa dimensão, contudo, ele não se encerra apenas em tal expressão.


O amor – em seu sentido agápico (grego: Agápe) – significa capacidade concreta de doação em favor de um outro, buscando a devida interação com a sua verdade. E isso também deve ser aplicado à concepção humano/erótica do amor, pois, este para ser autêntico não poderá ter o egoísmo como única força motriz.

O amor não se resume à utilização do outro como objeto de prazer sexual. Ele não poderá permitir a utilização momentânea e descartável de um “alguém humano” por meio de aventura descompromissada e irresponsável. O autêntico amor comporta o compromisso.

Estamos acostumados a ouvir os gritos de uma sociedade que elevou à máxima potência a necessidade de satisfazer os próprios desejos e instintos a qualquer custo, transmutando, assim, o valor da pessoa e o colocando em segundo plano. Dentro desse universo de compreensão, o que importa é satisfazer o desejo, não se importando se o outro é utilizado como um mero “brinquedo” por alguns instantes, sendo depois jogado nas mãos do destino.

É o amor/compromisso quem humaniza a sexualidade, do contrário ela se torna apenas egoísmo animalesco. A vivência sexual sem o amor deixa de ser humana e torna-se escravidão instintiva.

Quem verdadeiramente ama é capaz de assumir o outro integralmente, com todas as suas consequências, sem querer usá-lo apenas para uma satisfação superficial.

O amor torna humana a sexualidade e gera o comprometimento – que tem sua máxima expressão no matrimônio sacramental – e o bem necessário para que a devida interação aconteça, sinalizando o outro como fim e não como meio.

O ser humano possui uma dignidade inviolável, ele é pessoa e nunca deverá ser diminuído à categoria de objeto.

O amor traz cor e sabor à vida, ele inaugura uma primavera de sentido para toda e qualquer relação.

A virtude a que somos chamados consiste em contemplar pessoas e relacionamentos sob a ótica do autêntico amor. Assim a doação sincera em vista do bem inspirará nossas atitudes e nos permitirá elevar o ser à sua altíssima e verdadeira condição: a de filho amado, querido e respeitado por Deus.


Adriano Zandoná

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A BELEZA DE ESTAR EM CONSTRUÇÃO

O crescimento/maturidade no ser humano não acontece tanto pela ausência de fraqueza, mas sim, pelo fato de bem saber lidar com esta. Crescemos quando temos, em verdade, humildade para nos compreender e aceitar em nossa realidade, e isso também a partir de nossas fragilidades.

Ser humilde consiste em aceitar “deixar-se fazer”, significa acolher pacientemente o processo em que nos encontramos, permitindo-nos ser construídos pela vida, por Deus e pelas experiências que vão acontecendo dando no solo de nossa história.

Quem se desprende do orgulho – e vive constantemente como um aprendiz na existência – consegue crescer e “ser construído” por meio de tudo o que lhe acontece. Quem se permite ser fraco, acolhendo com ternura tal condição propriamente humana, acumulará inúmeros ensinamentos acrescentados a si pela experiência do limite e da queda. Aqueles que fazem a experiência do erro podem – se bem o absorverem – compreender com profundidade o sabor do êxito, conseguindo valorizá-lo devidamente.

Nesse “processo de “deixar-se fazer” as dores e perdas nos auxiliam, acrescentando-nos têmpera para enfrentar os desafios e paciência para acolher nosso processo de crescimento, no ponto em que nos encontramos.

Em nosso caminho de crescimento, se de fato o buscamos, a experiência da fraqueza se estabelece como uma realidade que nos forma, libertando-nos da pretensão de querer ser o que não somos.

Nossos relacionamentos também são responsáveis por nossa construção: o relacionamento familiar, com os amigos e com aqueles que acompanham nosso cotidiano, nos constroem e moldam intensamente. Nosso relacionar-se desvela o que somos revelando em que precisamos mudar, ele nos faz romper com a alienação do egoísmo que nos faz acreditar que somente nós estamos certos em nosso jeito de compreender a vida.

Quando abrimo-nos ao outro conseguimos encontrar superação e virtude, aprendendo com outras maneiras de enxergar a existência. As virtudes e os defeitos daqueles que convivem conosco também nos constroem, retirando de nós os excessos e nos acrescentando no que somos ausentes.

Nossas iniciativas também são condições essenciais para que nosso ser seja devidamente construído. Bons livros, o cultivo de boas e puras amizades, de um bom relacionamento familiar, a busca por uma autêntica vida de oração, tudo isso possibilita concretamente nossa construção e crescimento.

Deixemo-nos fazer, trabalhemos por nossa construção, e entreguemo-nos à dinâmica do “processo”, do humanizar-se, assim a vida se tornará mais bela e a cada experiência o ser se tornará mais…

Adriano Zandoná