segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Então é Natal

Mas um ano termina, outro começa a chegar e com ele chegam também novos sonhos, planos, aspirações e desejos de fazer o mundo melhor. As ruas iluminadas, as casas decoradas, a troca de cartões e presentes nos contagiam. Há um clima diferente no ar que nos envolve e faz nosso lado melhor vir à tona. Gestos de ternura e perdão são espontâneos e votos de felicidades voam distâncias e cruzam mares para chegar aos corações.

Então é Natal! A esperança volta a brilhar nos horizontes, nos lares e na alma de cada um que se deixa contagiar pelo encanto desta época de paz, amor e luz. E é precisamente no contexto deste tempo que somos convidados a vivenciar o Mistério do nascimento de Cristo.

Acredito que quando celebramos o Natal algo diferente acontece dentro de nós e nos contagia, inclinando-nos à mudança, à simplicidade e à busca do essencial.

Lembro-me de que, quando eu era criança, gostava muito de ouvir as histórias a respeito do nascimento de Cristo. Depois das narrativas que sempre apresentavam diferentes versões, eu ficava tentando entender, com minha ingênua razão, por que Deus, sendo assim tão grande e podereso, foi nascer justamente em um lugar tão simples. Fui crescendo no conhecimento e encontrando respostas para a questão, mas a verdade é que elas não calam o meu coração. Não consigo ver o presépio apenas como decoração de Natal. Principalmente porque suas figuras nos falam e nos desafiam à construção de um mundo melhor.

No centro do presépio dois bracinhos de criança, que se abrem em nossa direção, cheios de ternura e de paz, nos ensinam que é abrindo os braços na direção do outro que construímos um feliz ano novo e uma feliz vida nova. Discreto e sereno lá está também José, figura tão importante no nascimento de Cristo. Homem simples, trabalhador, como tantos entre nós. Dedicação, pureza, humildade e obediência a Deus movem seu coração e conduzem suas atitudes. É com razão que padre Zezinho afirma, em uma das suas inúmeras canções, que "O mundo seria bem melhor se todo pai fosse José [...]". Ainda no presépio encontramos Maria refletindo a serenidade, a luz e a paz de que a humanidade tanto precisa. Sua ternura materna irradia e consola o coração de filhos aflitos que a contemplam, buscando aprender com ela o jeito de corresponder a Deus.

E quando vamos a caminho do presépio também nos deparamos com os Reis Magos. Eles também nos ensinam, pois envolvidos pelo encanto do Natal, trazem em suas mãos: ouro, incenso e mirra, ou seja, o que tinham de melhor para oferecer. Certamente é próprio do tempo natalino oferecermos ao outro aquilo que temos de melhor. Não falo de bens materiais, aliás, os presentes de Natal só têm sentido se simbolisam o amor que nos move a doá-los e nunca podem ocupar o centro das celebrações. Natal é tempo de oferecer o que temos de melhor sim, e o que temos de melhor habita dentro de nós, não se vende nem se compra, só pode ser oferecido. Procuremos, portanto, oferecer hoje nosso melhor sorriso, o abraço mais caloroso, a palavra mais afavel e amemo-nos uns aos outros sem esperar nada em troca.

É tempo de nos deixarmos envolver pela eterna simplicidade, alegria e pureza do presépio, expressas nos bracinhos abertos do Menino Jesus. Assim, verdadeiramente o Natal estará acontecendo em nossa vida e haverá paz na terra e em nossos corações!

Dijanira Silva

domingo, 12 de dezembro de 2010

Missionário Shalom - Quem é esse Deus?


Quem é esse Deus
pra se entregar assim em nossas mãos?
quem é esse Deus
que chora a nossa dor como uma mãe?
quem é esse Deus
que pela sua morte vida nos dar?
quem é esse Deus
pra no abrir as portas do seu céu?
quem é esse Deus
pra nos amar assim?
quem então é Deus
pra nos amar assim?
quem é esse Deus
que podemos ferir, ferindo o homem?
quem é esse Deus
tão grande, mas tão pobre e vulnerável?
quem é esse Deus
que o amor é o seu nome e o seu rosto?
quem é esse Deus
que faz de nós seus filhos sua imagem?
Quem é esse Deus
pra nos amar assim...
então é Deus..pra nos amar..assim

sábado, 4 de dezembro de 2010

Jornal Observatório Romano é referência para meios de comunicação

Nicole Melhado

Da Redação, com Rádio Vaticano (Tradução equipe CN Notícias)


Arquivo
Nesses 150 anos, o jornal passou por diversos momentos históricos, mas mantendo-se fiel às suas características cristãs
Ponto de partida dos meios de comunicação da Igreja, o Observatório Romano continua sendo uma referência para os meios de comunicação católicos. Nesta semana foi lançado em Roma, Itália, o livro “Singular jornal. 150 anos do Observatório Romano”, enriquecido com a apresentação do Papa Bento XVI.

A obra recolhe curiosidades e momentos históricos documentados pelo jormal nacido em 1861, durante um momento de ruptura do Estado italiano. Observatório Romano surgiu por iniciativa de leigos fiéis ao Pontificado.

Nesses 150 anos, o jornal passou por diversos momentos históricos como a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, mantendo-se fiel às suas características cristãs.

“Mesmo que este mundo seja, às vezes, um emaranhado de absurdos, um emaranhado de contradições, mesmo que, algumas vezes, esteja sob areias movediças, mesmo assim, esse é o nosso mundo”, enfatiza o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. Nesse sentido, o cardeal destaca a importância de um jornal católico e recorda a frase do teólogo Karl Barth: “Pela manhã o cristão deve ter a Bíblia e o jornal, no qual verifica, mede, tece, atravessa sua existência”.

Sobre a relação entre política e fé, Dom Ravasi destaca que esta relação é como um cristal delicado, e recorda a magnitude das palavras de Cristo: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.

“Há, portanto, uma autonomia da política que deve ser respeitada, um horizonte no qual a economia financeira tem suas leis próprias. Implicitamente, porém, com essas palavras, “Dai a Deus o que é de Deus”, entram em campo os grandes valores transcendentes, que devem confrontar com atenção César; não pode tranquilamente prevaricar. É uma relação recíproca, e direi, que não se pode separar, mas certamente são distintas”, esclarece o cardeal

sábado, 27 de novembro de 2010

É tempo

É tempo de olhar as flores

Contemplar o colorido da natureza

A riqueza do pôr-do-sol

Meio rosa, azul e laranja...

Fazendo festa para a noite que chega

É tempo de olhar o mar

Mesmo que a noite esteja mais escura que nunca

E que não haja uma estrela sequer brilhando

O vento que sopra parece que vem de dentro da alma

É tempo de arar a terra

Tirar as ervas daninhas

Limpar o jardim e semear

É tempo de regar as plantas que já cresceram

E colher os frutos que vieram

Mais abundantes que nunca

A parreira esta carregada...

É tempo de ouvir o canto dos bem-te-vis

Sentir o cheiro do manacá

E ficar minutos contemplando as rosas

E nisso tudo contemplar Deus

Artista maior, que compôs, pintou e criou

Tudo isso para que eu tivesse esse tempo

E os momentos únicos

De conversa silenciosa

Entre Deus e eu.



Graça Maria (Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

o caminho para vencer a AIDS não é o preservativo, e sim a humanização da sexualidade.

.-
No livro-entrevista com o jornalista alemão Peter Seewald titulado “Luz do Mundo”, que será apresentado no Vaticano nesta terça-feira 23 de novembro, o Papa Bento XVI assinala que opreservativo não é o modo verdadeiro nem adequado para vencer a AIDS, e sim a humanização da sexualidade.

Em um extrato do livro que leva como subtítulo “O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos”, divulgado ontem pelo L’Osservatore Romano e apresentado erroneamente por diversos meios de comunicação como a “aceitação da camisinha por parte do Papa”, o Santo Padre reitera o que disse em sua viagem à África em 2009: o caminho para vencer a AIDS não é o preservativo, e sim a humanização da sexualidade.

Bento XVI assinala que “a mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias”.

Assim o Papa precisa: “É por isso que o combate contra a banalização da sexualidade também faz parte da luta para que ela seja valorizada positivamente e o seu efeito positivo se possa desenvolver no todo do ser pessoa”.

O Papa usa logo o exemplo de um prostituto que usa um preservativo e o apresenta como um primeiro passo para a moralização: “Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer”.

“Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por VIH/HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade», esclarece o Santo Padre.

“É evidente que a Igreja não considera a utilização do preservativo uma solução verdadeira e moral”, acrescenta Bento XVI.

A Folha de São Paulo informou hoje que “O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, deu um comunicado oficial pelo qual as manifestações de Bento 16 "não reformam ou mudam as doutrinas da Igreja, mas as reafirmam, na perspectiva do valor e da dignidade da sexualidade humana como expressão de amor e responsabilidade".

Ao contrário do que a mídia vem divulgando, a Folha também esclarece que “o Vaticano assegurou neste domingo que as palavras do papa Bento 16 sobre o uso do preservativo, segundo ele justificável em "alguns casos", não são "uma mudança revolucionária", mas uma "visão compreensiva" para levar a humanidade "culturalmente muito pobre rumo ao exercício responsável da sexualidade".

O Papa reitera a posição da Igreja

As palavras de Bento XVI neste livro reforça o que já expressou ele em sua viagem a Camarões e a Angola em 2009, que ocasionaram duras críticas e que divulgado por um setor da imprensa de maneira tergiversada. O Santo Padre explicou que “não se pode superar este problema da AIDS apenas com slogans publicitários. Se não existir o ânimo, se os africanos não se ajudarem, não se pode resolver o flagelo com a distribuição de preservativos: ao contrário, o risco que se corre é o de aumentar o problema".

Na entrevista que deu durante o vôo a Camarões em março de 2009 ao ser perguntado pelo trabalho da Igreja na luta contra a AIDS, bastante extensa em todo mundo especialmente na África, o Papa disse que o caminho para enfrentar esta enfermidade “pode encontrar-se apenas em um duplo esforço: o primeiro consiste em uma humanização da sexualidade, quer dizer uma renovação espiritual e humana que leve consigo um novo modo de comportar-se um com o outro”.

O segundo passo que propôs para esta tarefa é o de “uma verdadeira amizade também e sobre tudo com os que sofrem, a disponibilidade, também com sacrifícios, com renúncias pessoais, para estar com os que padecem".

Abusos sexuais e outros temas

Nos extratos apresentados pelo L’Osservatore Romano, o Papa se refere ao judaísmo, a relação com o Islã, e outros temas como a cobertura da imprensa sobre os abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero. Bento XVI adverte que em muitos casos isto usou-se como uma forma de desacreditar a Igreja antes que investigar procurando a verdade.

O Santo Padre explica ademais que a Igreja não pode ordenar mulheres ao sacerdócio. Entretanto, precisa, o lugar das mulheres nela é fundamental e isto pode observar-se na importância da Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, e em testemunhos de santidade como o da Beata Teresa de Calcutá.

O Papa Bento XVI se descreve a si mesmo como um mendigo que confia em sua amizade com o Senhor, a Virgem os Santos para viver sua vocação. Suavida sem a alegria cristã seria insuportável, afirma

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quem ama cuida!

Quer saber quais as coisas que você ama?

Acredito profundamente na máxima que diz: “Quem ama cuida”, e percebo que tal ditado se estabelece como critério avaliativo para pesarmos nossos relacionamentos.Quer saber quais as coisas que você ama? É só verificar atentamente as coisas das quais você cuida, pois a gente só percebe que ama depois que descobre que cuida.

Você ama sua família? Seus amigos? Sua esposa (o)? Você cuida destes? Quanto tempo você gasta com eles? Ou seu amor é apenas um vago sentimento que não muda em nada a vida dos que lhe são caros… Amor implica atitude, não existe amor estático, só de palavras; quem ama incomoda.

Amar é buscar o outro, é preocupar-se com ele, é gastar tempo com a pessoa e por causa da pessoa. Amar é ter a coragem de se expor pelo outro. Não acredito naqueles que dizem nos amar, mas não fazem nada para que nossa vida se torne melhor. Quem ama dá um jeito, arranja tempo, liga, se envolve; enfim, se faz presença.

Não se constroem grandes relacionamentos por meio de cursos de correspondência. Para que os laços se aprofundem é preciso gastar tempo ao lado do outro. Deus nos livre de relacionamentos superficiais, nos quais o que impera é a representatividade e o cuidado é ausente… Amor sem cuidado é arte sem encanto, é corpo sem alma, é abstração.

E mais: será que nós nos amamos? Será que cuidamos de nós, de nosso visual, de nosso coração? Será que investimos em nós? É impossível cuidarmos de alguém se não aprendemos a nos cuidar. E também, por vezes, teremos que aprender a nos deixar cuidar pelos outros, pois, do contrário, correremos o risco de morrer isolados em nossa própria resistência.

O que você ama? Do que você cuida ou precisa cuidar?

Ainda dá tempo, sempre dá…

Deixo-o com o santo poder que traz em si questionamento… ou melhor: ? (a interrogação).

Adriano Zandoná
verso.zandona@gmail.com
Seminarista e Missionário da Comunidade Canção Nova. Reside na Missão de Cachoeira Paulista. É formado em Filosofia e em Teologia, e está preparando-se para a Ordenação Diaconal.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cultura moderna precisa da reflexão e ação da Igreja, diz Papa

Diante do relativismo que influencia a cultura moderna, é urgente uma formação que promova o homem na sua totalidade e plenitude, disse o Papa Bento XVI nesta quinta-feira, 28, aos membros das Pontifícias Academias. A audiência especial aconteceu na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, e teve como tema "A formação teológica do presbítero".

Bento XVI enfatizou que a Igreja deve oferecer razões de verdade, vida e esperança onde faltam ideais e a própria moral. "À carência de pontos de referência ideais e morais, o que penaliza particularmente a vida civil e sobretudo a formação das novas gerações, deve corresponder uma oferta ideal e prática dos valores e da verdade, de razões fortes de vida e de esperança, que possam e devam interessar a todos, especialmente aos jovens", destacou.

O Santo Padre sublinhou que tal compromisso deve ser particularmente obrigatório para a formação dos candidatos ao sacerdócio, como exige o Ano Sacerdotal e como afirma o tema deste ano escolhido pelas Pontifícias Academias.

O Papa frisou que a cultura atual e, mais ainda os fiéis solicitam continuamente a reflexão e a ação da Igreja nos vários âmbitos onde emergem novas problemáticas, sobretudo na pesquisa filosófica e teológica das Academias Pontifícias.

"É necessário que as Pontifícias Academias sejam hoje, mais do que nunca, instituições vitais e vibrantes, capazes de perceber com exatidão as demandas da sociedade e da cultura, bem como as necessidades e expectativas da Igreja, para fornecer uma contribuição apropriada e valiosa, e assim promover, com todas as energias e recursos disponíveis, um autêntico humanismo cristão", acrescentou.

Esta é a décima quarta vez que o Conselho das Pontifícias Academias realiza uma conferência para tratar de uma questão atual. O intuito é demonstrar qual a contribuição da Igreja no âmbito teológico e na recuperação das raízes cristas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sem conhecimento não existe amor

Amadeo Cencini, no seu livro: “Amarás o Senhor teu Deus” nos fala do amor ao próximo. Hoje, quero apresentar um resumo do que ele nos fala, por acreditar que pode ser muito rico para você.

A primeira coisa que precisamos entender é que o centro de todo ser humano é positivo, mas no seu todo o ser é limitado. Essa é a condição humana. Ou seja, existem em todo homem e em toda mulher virtudes e defeitos, riquezas notáveis e impulsos incoerentes com a estrutura pessoal, mas que são partes dela. É importante sabermos separar a fraqueza do irmão e o seu valor como pessoa para assumirmos a responsabilidade de que temos por ele e pelo seu crescimento.

O verdadeiro amor não está fundamentado nas qualidades e defeitos, mas sim no valor radicado em seu próprio ser. Isso significa dizer que não basta pensar bem, não se trata de fechar os olhos para os aspectos negativos dos outros, nem é um simples gesto de cortesia. O amor verdadeiro leva a uma percepção profunda do outro, a um olhar agudo e límpido para descobrir o valor interior e a verdade deste. Com isso, dizemos que todo ser humano é digno de ser amado, independentemente de sua conduta ou de seus merecimentos e qualidades. O amor aos nossos irmãos deve estar ligado aos valores fundamentais da sua existência e como tal é incancelável, apesar da aparente indignidade deles.

Não é possível sermos santos e agradar a Deus, sem tomar conhecimento de quem está ao nosso lado. Muitas vezes, ignoramos "onde estava" nosso irmão, como Caim, que não quis se sentir responsável pelo irmão (cf. Gen 4, 9). Quem estima sinceramente seu irmão se sente responsável por ele, pela sua salvação, fará de tudo para estimulá-lo, dia a dia, ao bem, a Deus. É sinal de estima sincera e de amor verdadeiro estimular o outro ao seu bem, o que é estimulá-lo ao centro da vontade de Deus. O verdadeiro amigo não adula nem rejeita o outro, mas o estimula a amar.

Mesmo que o irmão se desvie do verdadeiro bem com o seu comportamento, não podemos perder a esperança de que ele pode, um dia, descobrir e crer na sua capacidade positiva de melhorar e perceber que é muito melhor do que parece e poderá ser fiel àquele projeto que Deus tem para ele.

Essa confiança no outro é uma força estimuladora, é maior do que o pecado e gera a força de vencer o mal porque é capaz de redescobrir o bem ou de salvar a intenção, de dar novamente esperança ou de convidar o outro de novo a caminhar para Deus, nem que seja juntos quando o outro não está muito interessado. Além disso, pode ser o estímulo necessário para mudar o irmão, ainda que a longo prazo, com muita paciência e discrição, sem paternalismo, mas com desejo sincero de levá-lo a crescer na amizade com Deus.

Não amamos para transformar ninguém, e sim, para levá-lo a experiência com Deus, para levá-lo ao amor de Deus, para levá-lo a verdade de Deus; e isso não se realiza pela força das nossas palavras nem pelas nossas críticas.

Amar é pôr-se diante do outro numa atitude de grande respeito por suas opções e tomadas de decisão, suas demoras, seus ritmos de crescimento, para que sua autonomia amadureça sempre mais e a relação vá progredindo em direção à profundidade.

O amor tem que se traduzir em atos que exprimam aquilo que se vive, traduzir-se em gestos que gerem outro amor. Não basta dizer a uma pessoa que você a ama. É necessário também que ela o perceba através dos atos. Por isso, faça o que for necessário para que, de sua parte, floresça a confiança, a familiaridade e a intimidade.

Mas como traduzir em atos o amor? Que expressão escolher? Dando o melhor de si mesmo ao outro. Exemplos: uma saudação, uma carta, um encontro, o tratar-se com familiaridade e intimidade, um aperto de mãos, um gesto de carinho, uma ajuda esperada, a lembrança de uma data particular, uma palavra de estima, de conforto e de estímulo.

Sem conhecimento não existe amor. O conhecimento da pessoa que se quer amar não se detém na periferia, mas chega ao fundo de sua vida e de seu ser. Amar é conhecer o núcleo desta vida e deste ser escondido nela. Toda pessoa é muito mais do que aquilo que aparenta aos olhos dos outros.

Manuela Melo
psicologia@cancaonova.com
Missionária da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia.

domingo, 24 de outubro de 2010

ENJ 2010 - No RJ

Anualmente, a juventude carismática do Brasil é convocada a se reunir no Encontro Nacional de Jovens, evento marcado por fortes momentos de oração, pregação da Palavra e vivência fraterna. A edição deste ano, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 15 de novembro, está cheia de novidades.

A primeira delas é o projeto Sentinelas em Missão que pretende mobilizar os jovens participantes do encontro para a realização de missões nos Grupos de Oração das cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Duque de Caxias nos dias que antecedem o ENJ, período de 7 a 11 de novembro. Os interessados em participar da missão, devem entrar em contato com os coordenadores estaduais do Ministério Jovem para mais informações.

A programação do ENJ também conta com inovações. Pela primeira vez, acontecerá o Festival de Artes do Ministério Jovem. Durante as noites dos dias 13 e 14 de novembro, os jovens poderão mostrar seus talentos de dança, teatro e música. As inscrições para o Festival também serão feitas com o coordenador estadual do MJ.

Outro momento importante da programação serão os workshops sobre Formação de coordenadores diocesanos, Jornada Mundial da Juventude e vocação. Além disso, durante todo o encontro haverá uma equipe de casais, jovens e sacerdotes a disposição dos participantes para momentos de escuta e aconselhamento.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

É possivel viver o amor sem conflitos?

Um dos erros mais acentuados em homens e mulheres é que eles costumam sonhar com um amor sem conflitos, sem problemas. Isto se deve, em parte, ao impacto cultural que invade os filmes e as novelas, que recaem na ingenuidade, no pouco conhecimento real do mundo e, possivelmente, em outros fatores de peso, mas que, em conjunto, constroem uma imagem do ideal do amor que, na realidade, não existe.

Esta imagem, com a experiência nos relacionamentos, cedo ou tarde se rompe, deixando um acúmulo de decepções e desilusões. Ironicamente, os que sonham com amores perfeitos acostumam viver amores muito imperfeitos, pois a realidade é que não existem relacionamentos humanos sem conflitos. Talvez exista só para aquela pessoa que fica à margem do amor, com uma espécie de linha invisível que não cruza, pois o mantém estático, sem conflito e sem amor.

Todos os seres humanos formam parte de uma história pessoal com diversas experiências, algumas boas e outras não tanto. Todos nós temos rasgos de caráter distintos, aptidões, defeitos, virtudes, capacidades etc. Tudo o que foi mencionado anteriormente influi no relacionamento com os outros, com nós mesmos, tomando em consideração o que a outra pessoa traz na história dela. Em poucas palavras, outro mundo muito distinto do nosso, por isso o complexo dos relacionamentos, pois é muito ingênuo pensar que, algum dia, poderemos ter amor sem conflitos.

Um dia um autor formulou a seguinte frase, referindo-se ao relacionamento de um casal com ideias e pensamentos distintos. Apesar disto, não desaparecem as diferenças de opinião nem os desacordos: “Discutiram e, assim, experimentaram, uma vez mais, que se pertenciam um ao outro”.

Claro que estamos falando de uma discussão na qual não se busca ferir o outro, mas de uma vontade de compreensão e desejo de compromisso construtivo. É aqui, justamente, onde se demonstra o esforço para encontrar sempre um caminho em direção ao outro.

Amar não é descansar um junto ao outro, porque amor é uma luta e uma superação de conflitos para conseguir a unidade que deve se conquistar a cada dia.

Eugenia Ponce de León Álvarez
www.almas.com.mx

domingo, 17 de outubro de 2010

O segredo

O silêncio profundo da alma de Jesus, em sua Paixão, guardava um precioso segredo: o mistério de sua paixão interior, seu sofrimento moral. Segredo que nenhum cineasta, nenhum poeta por mais talentoso inspirado, saberia expressar. Segredo de Deus, do Filho de Deus. Segredo do Homem, do Filho do Homem.

Era costume, entre os judeus, matarem um cordeiro em memória da primeira Páscoa. O sangue do animal sem mancha, macho, de um ano, era a garantia de que as famílias que com ele marcassem as entradas de suas casas seriam preservadas da morte de seus filhos primogênitos.

Costume, também, era utilizar um bode para, através de um ritual, por sobre ele a culpa e os pecados dos fiéis soltando-o, em seguida para a morte no deserto. Era o “bode expiatório”, aquele cuja vida era tomada em troca do pecado do fiel que procurava os sacerdotes do Templo.

Jesus, ofertando-se como Cordeiro, preserva (assim, no presente do indicativo) toda a família humana, de todos os tempos, da morte eterna. Mais que isso, abre para ela as portas da vida eterna, inclusive em nosso corpo a ser feito glorioso por ocasião da ressurreição dos mortos.

Tomando sobre si o peso do pecado do homem, de cada homem, de todos os tempos, Jesus expia, dá-se como pagamento de todo pecado, faz-se expiação, uma troca que todo judeu entendia muito bem.

E aqui reside segredo: ao tomar sobre si o pecado, “fez-se pecado”e iniciou a dor de sua paixão interior. Fazer-se pecado, por amor a você, trouxe-lhe o indescritível sofrimento humano pelo afastamento do Pai que não tem nenhuma parte com o pecado. Esta foi sua verdadeira paixão, mais lancinante que toda chicotada, mais mortal que toda tetania, mais cruel e injusto que toda cruz. O amor encarnado viu-se separado do Amor que o sustentava.

De sua parte, o Pai, em seu segredo de amor, suportava, por amor, o sofrimento da separação do Filho que entregava para, Nele, acolher o pecador que, a seus olhos, não mais tem o rosto do pecado, mas o rosto amado de Seu Filho.

Maria Emmir Nogueira Co-fundadora da Comunidade Shalom

domingo, 10 de outubro de 2010

Experiências no caminho de namoro

Logo que comecei gostar da Cris Viana, ouvi do Jailson, meu irmão de comunidade CN: “não caia no erro de se comparar a outros casais. Cada um tem sua história, qualidades e virtudes, sua missão. Descubra as de vocês e as viva com fidelidade“.
Partilho aqui algumas das experiências desse tempo, que chamamos na Canção Nova de CAMINHO DE NAMORO. É um tempo de conhecimento, de se preparar para namorar. Foram 6 meses vivendo essa experiência com a Cris.

Nosso sentimento nasceu depois de uma amizade de dois anos intensos de convivência diária. A amizade que precedeu o sentimento de um pelo outro, nos proporciona vivermos nosso caminho de namoro com muita partilha, diálogo, sinceridade e verdade; quatro atitudes que penso serem essenciais. A liberdade entre nós também é impressindivel para que esse tempo seja vivido sem medos de um para com o outro.

Eu poderia parar nos meus medos e inseguranças antes de me declarar para ela, mas corajosamente assumi o sentimento, e o homem novo que Deus me faz a cada dia.

Pensando na nossa história, me lembrei que NO CAMINHO muitas coisas acontecem, assim como revela a Sagrada Escritura.

* os discípulos de Emaús encontraram-se com JESUS no caminho. (conforme Lc 24, 35) – caminhando para o namoro com a Viana, também me encontrei com Jesus de forma mais concreta, mais na vida, pé no chão e coração em Deus.

* os leprosos foram curados no caminho, depois de se apresentarem para Jesus. (conforme Lc 17,14) – a cada vez que assumo a Cris como minha namorada, assumo todas as curas que Jesus já realizou em mim.

* o povo de Israel foi provado e cresceu na fé, no caminho do Egito para a Terra prometida. (conforme Exo 15) – acreditar que Deus está conosco sempre é graça d´Ele. Quando as coisas apertam entre nós e estamos vivendo algum impasse ou impossível dizemos como nosso irmão Vanderlei: “Deus está com a gente!

Logo, caminho é tempo de:
- encontrar-se com JESUS
- ser curado e
- crescer na fé.

Preparar-se para algo que espero ser eterno é justo, louvável e honroso. Tanto eu como a Cris merecemos ser tratados com dignidade um pelo outro e não temos o direito de brincar com os sentimentos, por isso a importância do caminho. Caminhamos para o namoro, algo tão nobre.Deus abençoou nossos projetos e nisso vemos a Sua Mão, revelando a Divina Providência, conduzindo nossas vidas, inclusive nas pequenas coisas, nos detalhes.

Não tenho dúvida de que tudo o que vivemos também foi fruto da nossa oração. Desde que eu me declarei apaixonado pela Cris, rezamos uma vez por semana juntos e também um pelo outro constantemente. Fundamos até um grupo de oração pra nós :-) toda segunda-feira a noite, depois dos nossos trabalhos. Inclusive se você quiser participar é só entrar em contato com a gente hehe.

Hoje sou mais feliz, pois espero em Deus e a cada dia Ele me presenteia com algo novo através de uma mulher de fé e que me leva mais pra Ele; mais para as coisas do alto. Essa mulher é minha namorada Cris Viana, pros íntimos “Vivi”.

Em festa,
Fernando Fantini

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Acordo com o Vaticano pode ser revisto por questões eleitorais

08-10-2010


A agência italiana ANSA informou que o secretário pessoal do Presidente Luiz Lula Da Silva, Gilberto Carvalho, disse à cúpula da Igreja que se continuarem os questionamentos contra a candidata Dilma Rousseff – devido à sua postura favorável ao aborto – poderia ser revisado o acordo assinado com o Vaticano.

ANSA, que recolhe uma notícia do jornal Valor Econômico, assinalou que Carvalho se reuniu com membros da Conferência Nacional de Bispos do Brasil e comunicou que o governo pode voltar a discutir o acordo que contempla o apoio a escolas católicas e outros benefícios.
Lula revisaria o acordo assinado por Lula e o Papa Bento XVI em 2007 no Brasil, e ratificado em 2009 no Vaticano, depois do qual foi aprovado pelo Congresso, onde foi questionado por congressistas evangélicos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Avança causa de beatificação de Cardeal Van Thuân


Cardeal Vietnamita François-Xavier Nguyên Van ThuânNo dia 22 de outubro, será celebrada a sessão solene de abertura da investigação diocesana sobre a vida, virtudes e fama de santidade do Cardeal Vietnamita François-Xavier Nguyên Van Thuân. O Cardeal foi um corajoso testemunho de esperança em meio à dor e perseguição do regime comunista no Vietnã.A cerimônia acontecerá às 12h (hora local), na Sala da Conciliação do Palácio Lateranense, em Roma. Entre os presentes estará o Cardeal vigário de Roma, Dom Agostino Vallini, que presidirá a sessão e o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Cardeal Peter Turkson.O Cardeal Van Thuân passou 13 anos de sua vida nas prisões do regime comunista - de 1975 a 1988 -, sem ter sido processado. Em 1991, ele foi forçado a abandonar seu país e foi recebido pelo Papa João Paulo II na Cúria Romana. Em 1998 foi nomeado Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz e, em 21 de fevereiro de 2001, foi criado cardeal.Quando ele estava saindo da prisão, alguns de seus companheiros lhe perguntaram qual era a sua força secreta que lhe permitiu sobreviver. "O que me deu força - respondeu ele - foi a Eucaristia".O início da causa de beatificação de Dom Van Thuân foi anunciada pelo Vaticano, em 17 de setembro de 2007. A postuladora da causa, nomeada pelo Cardeal Renato Raffaele Martino, é a advogada Silvia Mônica Correale.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A arte de reconciliar-se com os próprios limites

[Mais um pouquinho das características desse carisma que é uma maravilha.]

A limitação é uma realidade profundamente inerente ao humano. Ser gente significa ser essencialmente limitado e marcado pela fragilidade.
Não existem super-homens – por mais que a sociedade e as circunstâncias atuais façam com que muitos acreditem sê-lo –, toda pessoa humana é marcada por algum tipo de imperfeição, com a qual, em algum momento de sua história, terá que se encontrar.
Ninguém é bom em tudo, ninguém consegue ser perfeito em todas as dimensões de sua vida: há quem seja bom no trabalho, mas falho nos estudos; assim como há aqueles que são perfeitos em casa como pais e esposos, mas nunca conseguem ascensão profissional; ainda existem aqueles que são ótimos nos esportes e péssimos na dimensão relacional/afetiva; da mesma forma, há os que possuem muitos amigos, mas não conseguem se firmar em um namoro ou relacionamento sério; e assim por diante. Todos portamos algum tipo de imperfeição e limite, com os quais teremos de aprender a “dialogar” em nossa trajetória pela vida.
A verdadeira virtude consiste em saber, de fato, dialogar com os próprios limites, reconciliando-se constantemente com eles e buscando realmente integrá-los àquilo que somos, visto que somos um “acontecimento” composto por virtude e fraqueza.
A maturidade só será concebida no coração que soube relacionar seus prós e contras, suas virtudes e limites, integrando-os ao que se é (com consciência da própria verdade) e buscando assim potencializar as virtudes e trabalhar as fraquezas.
O autoconhecimento é essencial em todo processo de crescimento e maturação enquanto gente, e principalmente, o conhecimento dos próprios limites. Do contrário, a pessoa será eternamente escrava de uma ilusão desencarnada acerca de si, não podendo crescer e experienciar a alegria e a liberdade que brotam do fato de reconciliar-se com os próprios limites.
Há limites que poderemos vencer, contudo, há aqueles com quais teremos que aprender a conviver… Quem não aceita os próprios limites acabará empregando – inutilmente – uma imensa energia no combate a um inimigo fictício, gerando assim um conflito interior desnecessário, pelo fato de combater uma realidade que deveria, em vez de negada, ser agregada ao todo que o compõe.
O limite é algo natural e até mesmo pedagógico no processo humano: negá-lo seria negar a própria humanidade e dependência do Eterno.
Reconciliar-se com os próprios limites: eis um passo de sabedoria que nos faz mais completos e encontrados em nossa verdade. Tenhamos a coragem de assurmir tal postura e atitude, e contemplemos os belíssimos frutos que procederão de semelhante prática e compreensão.

Adriano Zondoná
verso.zandona@gmail.com

domingo, 26 de setembro de 2010

Olhar a pessoa com o coração...


[Essa é para os "amigos dos Olhares apressados", que não perdem tempo ao ver os outros. Muitos de nós não paramos para enxergar o que acontece de fato. Olhamos na correria, na pressa... E muita coisa se perde. Muita coisa fica confusa. Olhemos mais devagar!]



Olhar a outra pessoa com o coração. Esta frase parece estranha, pois nós olhamos com os olhos e não com o coração. Mas estou utilizando esta expressão um tanto poética para dizer que o nosso olhar deve ter sempre uma fonte de julgamento: o coração. Isto porque sempre que olhamos para alguém acontece naturalmente um julgamento, uma análise. Vemos o seu exterior, a situação que se nos apresenta. Quantas vezes olhamos para uma pessoa e a realidade dela naquele momento é reprovável ou triste. Outras vezes olhamos a atitude errada de alguém e logo o julgamos e o condenamos somente com o olhar. Noutro momento a situação é bela e grandiosa: alguém fazendo o bem, outra sendo generoso e o aprovamos de imediato.
A reflexão que estou partilhando com você é esta: o julgamento que exprimo com meu olhar reflete a realidade interior que estou vivendo. A Bíblia diz que o olho é o espelho da alma. Por isso, muitas vezes, quando não estamos bem, quando nosso interior está machucado pelas agressões que a vida nos proporciona, quando perdemos o sentido para fazer algumas coisas, ou estamos precisando ser amados, normalmente vemos e julgamos de forma negativa as situações e as pessoas.
Para olharmos o mundo com o coração, isto é, transformarmos este olhar em um olhar positivo, é preciso curar o próprio coração. Muitos dão nome a isso de cura interior. Todos precisamos de cura interior. E este é um processo que começa quando temos a coragem de apresentar a Deus as nossas feridas, fraquezas, pecados e imperfeições, também os sofrimentos que a vida nos proporcionou, as pessoas que nos feriram, e pedir que a força redentora da cruz de Cristo atinja tudo isso e restaure, com o Seu supremo Amor, os sentimentos do nosso coração. O passo seguinte é projetar em Jesus uma vida nova, uma nova chance de recomeço, deixando para o passado as situações dolorosas, depositando nos sofrimentos de Cristo, na cruz, os nossos sofrimentos e pecados, rancores e ressentimentos, mágoas e decepções.
Somente um coração curado poderá fazer com que você e eu possamos ver o mundo e as pessoas com um olhar generoso, capaz de obscurecer os erros e elevar as suas qualidades. Eu quero chamar isto de: olhar a pessoa com o coração. Mas com um coração renovado e curado.
Quem sabe você também não esteja precisando ter este olhar. Então a dica que eu deixo para você é: procure curar o seu coração, reze nesse sentido e peça a Jesus a sua cura interior, deixando toda a mágoa provocada pelas situações passadas depositadas no coração d'Ele e se abra para uma vida nova. Com certeza, o seu relacionamento com as pessoas com quem convive, seja esposa, seja esposo, namorado, filho, filha, irmãos será iluminado por uma nova luz, a luz do amor.
Deus o abençoe!

Diácono Paulo Lourenço

http://blog.cancaonova.com/diaconopaulo/

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera, tempo das surpresas de DEUS!


Para já ir tomando gosto e vivendo o carisma, resolvi postar essa reflexão sobre a primavera... Um tempo muito precioso para aquele que acredita na Providência divina!

"É primavera! O tempo das surpresas de Deus chegou!

Meu coração aguarda ansioso o novo que vem

Os presentes de Deus que brotam junto com as flores

As mudanças que Ele lapidou em mim no silêncio do inverno

e que agora exalam seu perfume e cor

Enquanto o frio estava sobre a terra,

seu amor lançava raízes no solo do meu coração

e agora o Sol convida a semente a sair e a florescer

"Talita Cumi", diz o Sol.

É primavera... abra a janela

do seu coração pra ver o dia

que vem nascendo, colorindo o céu

de cores novas

abre os ouvidos da alma

porque além dos pássaros

o Espírito entoa um canto novo

que renova tudo

É primavera"

domingo, 19 de setembro de 2010

Nunca é tarde para recomeçar!

O dinamismo da mudança e de ser melhor a cada dia nunca é tardio, pois faz das quedas um motivo de crescimento, de vida nova e de aprendizado.

E você? Faz das situações de dificuldade um motivo de crescimento?

“Todas as pessoas, em todos os âmbitos da Igreja neste tempo, que aproveitam essas situações de crise, de conflito, com humildade, irão justamente amadurecer e crescer”, afirma Frei Raniero.

Portanto, se você aproveita o seu erro como aprendizado para crescer e amadurecer, você não recomeça do nada, pois sabe que tem uma história que o faz melhor, que o lança para o novo, para o futuro. Por isso, há o ânimo de trazer no coração esta motivação.

A maioria das pessoas não sabe lidar com seus erros, pois o ser humano é colocado em uma ênfase: “A pessoa melhor é aquela que não erra, que é perfeita, autossuficiente, que pode e consegue tudo”. No entanto, a melhor pessoa é aquela que contempla a sua verdade no tocante às suas qualidades e a seus defeitos.

Por isso, recomece, mas não do início. Aprenda com os seus erros e seja um novo homem, uma nova mulher. Deus nos dá essa graça, mas é preciso olhar para nós mesmos com amor, como o Senhor nos olha. Peça que Deus converta o seu olhar de um olhar negativo, pessimista, para um olhar que vê o todo e que contempla em primeiro lugar a graça d'Ele. E que o Senhor fortaleça o seu coração!

“Sede santo, como vosso Pai celeste é santo. Sede santo porque Eu sou santo”. É preciso recomeçar sempre, saber que eu quero iniciar o dia de amanhã melhor do que hoje e aprender com os erros de hoje para não errar amanhã. E contemplar as coisas que não fiz de bom hoje para fazê-las amanhã.

Não só erramos quando fazemos o mal, mas também ao deixarmos de fazer o bem quando poderíamos [fazê-lo].

Que Deus nos ajude a crescer e amadurecer com humildade diante das crises e dos conflitos.

Uma pessoa que não é otimista e motivada, ao olhar uma montanha de pedras, vê uma impossibilidade: "Eu não posso superar aquela barreira, aquela situação". Já a pessoa diante de Deus, ao olhar a mesma montanha, diz: "Eu posso construir uma escada e superar essa montanha, essa situação".

Que Deus possa motivar o seu coração a fazer esta experiência cada vez mais.

Padre Eliano Luiz Gonçalves, SJS

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Outonos e Primaveras

Primavera é tempo de ressurreição. A vida cumpre o ofício de florescer ao seu tempo. O que hoje está revestido de cores precisou passar pelo silêncio das sombras. A vida não é por acaso. Ela é fruto do processo que a encaminha sem pressa e sem atropelos a um destino que não finda, porque é ciclo que a faz continuar em insondáveis movimentos de vida e morte. O florido sobre a terra não é acontecimento sem precedências. Antes da flor, a morte da semente, o suspiro dissonante de quem se desprende do que é para ser revestido de outras grandezas. O que hoje vejo e reconheço belo é apenas uma parte do processo. O que eu não pude ver é o que sustenta a beleza.

A arte de morrer em silêncio é atributo que pertence às sementes. A dureza do chão não permite que os nossos olhos alcancem o acontecimento. Antes de ser flor, a primavera é chão escuro de sombras, vida se entregando ao dialético movimento de uma morte anunciada, cumprida em partes.

A primavera só pode ser o que é porque o outono a embalou em seus braços. Outono é o tempo em que as sementes deitam sobre a terra seus destinos de fecundidade. É o tempo em que à morte se entregam, esperançosas de ressurreição. Outono é a maternidade das floradas, dos cantos das cigarras e dos assobios dos ventos. Outono é a preparação das aquarelas, dos trabalhos silenciosos que não causam alardes, mas que, mais tarde, serão fundamentais para o sustento da beleza que há de vir.

São as estações do tempo. São as estações da vida.

Há em nossos dias uma infinidade de cenas que podemos reconhecer a partir da mística dos outonos e das primaveras. Também nós cumprimos em nossa carne humana os mesmos destinos. Destino de morrer em pequenas partes, mediante sacrifícios que nos fazem abraçar o silêncio das sombras...

Destino de florescer costurados em cores, alçados por alegrias que nos caem do céu, quando menos esperadas, anunciando que depois de outonos, a vida sempre nos reserva primaveras...

Floresçamos!
Padre Fábio de Melo

sábado, 11 de setembro de 2010

Novas comunidades, resposta providencial!

Em cada época, o Espírito Santo de Deus suscita – no seio da sua Igreja – novos carismas e novos ministérios para o crescimento, o fortalecimento e o serviço do Seu povo, pois, em cada período, a evangelização tem seus desafios.

No IV Congresso Mundial dos Movimentos Eclesiais e das Novas Comunidades, em Roma, 1998, o saudoso Papa João Paulo II compreendeu esses Movimentos e Comunidades como "uma resposta providencial, suscitada pelo Espírito Santo para estes dramáticos desafios atuais". O Sumo Pontífice entendeu que os apelos do Concílio Vaticano II (1962-1965) sobre a necessidade de um novo sopro do Espírito Santo, um novo ardor missionário, um novo empenho e envolvimento dos leigos e clérigos na vida e missão da Igreja foram respondidos com o surgimento desses novos carismas. "Vós sois esta resposta providencial", afirma ele.

Nas Novas Comunidades se agregam diferentes estados de vida, vivendo conjuntamente, dentro das mesmas estruturas, sendo um só e mesmo carisma (leigos e leigas celibatários e casados ou com estados de vida em definição, também, diáconos e padres). As Novas Comunidades "respondem a necessidade de uma nova evangelização, com um novo ardor missionário, novos métodos e novas expressões, visando os diversos ambientes da sociedade, os católicos e não católicos. Suas manifestações são múltiplas com riqueza de doutrina e impostação pastoral. Trata-se de uma incrível onda de criatividade pastoral; caminhos novos para o anúncio da Boa Nova do Reino de Deus. É o método de evangelização do nosso tempo", declara Dom Alberto Taveira Corrêa.

Elas nasceram do encontro com Jesus Cristo. E nós vivemos num mundo mais secularizado e num crescente ateísmo, no qual, muitas pessoas vivem como se Deus não existe. Nesta situação, a realidade das Novas Comunidades revela toda a sua urgência e atualidade, levando-nos a experimentar Jesus Cristo vivo no hoje da nossa vida e da história. A força de evangelização e a atração destas está na vivência do "novo mandamento do amor" (cf. Jo 13,34) e no seu modo novo e radical de viver o Evangelho.

Segundo a Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, (CNBB – Igreja Particular, Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades, 2009), as Novas Comunidades ressaltam o direito que os leigos têm de se engajarem na Igreja, o qual provém do batismo e, apresentam os cinco critérios de eclesialidade:

- O primado dado à vocação universal de todo cristão: a santidade;

- A responsabilidade em professar a fé católica, no seu conteúdo integral;

- O testemunho de uma comunhão sólida e convicta com o Papa e com o bispo;

- A conformidade e a participação na finalidade apostólica da Igreja: a evangelização, a santificação e a formação cristã dos povos;

- O empenho de uma presença na sociedade humana, a serviço da dignidade integral da pessoa humana.

As Novas Comunidades são verdadeiros canais privilegiados para a formação e promoção dos fiéis católicos, que se tornam mais ativos e conscientes do seu papel na Igreja e no mundo. Elas amam profundamente a Igreja, inserindo-se com fidelidade na vida das Igrejas locais, sendo fermento, sal e luz e,correspondendo às necessidades da nova evangelização.

Com grande abertura ao Espírito Santo e bebendo constantemente nas fontes de Pentecostes, elas são capazes de experimentar, como as primeiras comunidades (cf. Atos 2, 42-47), uma verdadeira vida de comunhão e relacionamento fraterno profundo, na partilha de bens e enriquecimento humano e espiritual recíproco entre os diversos estados de vida. É realmente uma resposta providencial, uma nova forma agregativa, participativa, eficaz e frutuosa para a Igreja e para o mundo.

Padre Geraldinho

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Amar é se comprometer com o outro!

O amor é sempre um ato da pessoa humana, que, tocada pelo Amor de Deus, se decide por assumir uma postura nova, uma nova forma de viver: amar sempre. Deus se ocupa em derramar a Sua graça e Sua ternura em toda criatura, e a cada instante podemos tocar nesta realidade: Ele demonstra o Seu amor por nós. A Carta de São Paulo aos Romanos apresenta a ideia do ser humano conhecer a Deus pela Suas obras (cf. Rm 1,20) e a maior obra do Altíssimo é a entrega do Seu Filho como prova de amor pela humanidade.
Jesus é o amor do Pai personificado e pessoalizado. Quero destacar o fato de esse amor ser comprometido, isto é, Deus em Jesus Cristo vai até as últimas consequências para provar que nos ama de verdade. Um amor comprometido com o futuro, com a salvação, com a eternidade de cada um de nós.
Esta também é a forma que devemos buscar para amar: comprometendo-nos com o outro e nos derramando em seu favor a cada instante.
Vemos que hoje as pessoas estão mais ligadas a outras por conta de seus interesses pessoais, buscando desfrutar aquilo que a outra tem para lhe oferecer. Acredito que isso não é amor, pois o amor é ato da minha pessoa para a outra sem esperar retribuição ou qualquer forma de recompensa. Amor comprometido é amor gratuito.
Os relacionamentos humanos necessitam se espelhar no amor de Deus para que exista o amor verdadeiro neles. Quem ama se esforça para que o outro cresça e seja feliz. Comprometer-se com o outro é a forma mais autêntica de amar.
Quando falo de esforço isso quer dizer que requer renúncia de si próprio, mas se Deus é quem dá sentido a este amor, ele é grandioso. Faça uma reflexão hoje sobre a forma de amar que você tem adotado em seus relacionamentos. E se for preciso adote o modelo do comprometimento, de assumir o outro em todas as situações, enfim, de amar como Jesus nos amou.

Diácono Paulo Lourenço

http://blog.cancaonova.com/diaconopaulo/

sábado, 4 de setembro de 2010

"A ambição envenenou a alma dos homens, ergueu um muro de ódio ao redor do mundo, nos atirou dentro da miséria e também do ódio.Desenvolvemos a velocidade mas nos fechamos em nós mesmos.As máquinas que trouxeram mudanças nos deixaram desamparados.Nossos conhecimentos nos deixaram cínicos.Nossa inteligência nos deixou duros e impiedosos.Nós pensamos demais e sentinos muito pouco.Mais do que maquinaria, nós precisamos de humanidade.Mais do que inteligência, precisamos de bondade e compreensão.Sem estas qualidades a vida será violenta e estaremos todos perdidos.O aeroplano e o rádio nos aproximam, e a própria natureza destes inventos demonstram a divindade do homem.Exige uma fraternidade universal para a unidade de todos nós."

Charles Chaplin

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Homilia: Pescador pela verdade

Uma das indústrias que mais estão crescendo é da ilusão; são pessoas que estudam e trabalham para iludir você e eu. Há muita gente que ganha milhões para nos apresentar a ilusão nos meios de comunicação.A Palavra de Deus nos diz: “Irmãos, ninguém se iluda”, a pior ilusão que uma pessoa pode viver é quando ela ilude a si mesma.Há também a ilusão de pensarmos sempre ser os certos. Só abrimos espaço para aprender quando reconhecemos que não sabemos muito. “Se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade; pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus.”

Não se iluda pensando que você tem todo o poder. Cuidado para não escolher fazer de você mesmo um deus!

O Evangelho relata a história de Pedro que estava à margem. “Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. 4Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 5Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. 6Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem.”

Jesus teve toda uma pedagogia para tirar Pedro daquela ilusão; a verdade precisa ser feita com caridade.A maior ilusão que alguém pode adquirir é acreditar que a nossa vida não tem mais sentido. Quando perdemos os nossos sonhos, nós nos tornamos um peso para nós mesmos e para os outros. Para sermos chamados pelo Senhor precisamos estar no nosso lugar.

Um iludido nunca vai dizer “sim” a Deus. Tenha coragem de se deparar com a sua verdade. Será que você é tão insensato que não consegue deparar com sua verdade e dar uma resposta ao Senhor!?

Pare de se iludir!
O iludido é um covarde que não consegue deparar com a própria verdade. O que mudou a vida de Pedro, que estava cansado, foi ele ter escutado a verdade.

Padre Fabrício
Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Deus é um Pai que nos educa!

Há ervas daninhas em nossa alma que podem matá-la

Deus é nosso Pai, mas não é paternalista, isto é, Ele nos corrige quando é necessário a fim de chegarmos à perfeição que deseja para nós. A Carta aos Hebreus explica isso muito bem:

"Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desa­nimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,18)" (Hb 12, 5-6).

"Estais sendo provados para a vossa correção: e Deus que vos traia como filhos [...] se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, serieis bastardos e não filhos legítimos" (Hb 12,7-8).

Quer dizer, aos olhos da fé, as provações desta vida são usadas como parte da pedagogia paterna de

Deus em relação a nós, Seus filhos. "Feliz o homem a quem ensinais, Senhor" (Sl 93,12). "Bem-aventurado o homem a quem Deus corrige!" (Jó 5,17).

E o apóstolo foi fundo nessa ques­tão: "Deus nos educa para o aproveitamento, a fim de nos co­municar a Sua santidade" (Hb 12,10).

Pelas provações, o Senhor quer fazer-nos santos. É por isso que a prova­ção é penosa para nós. Mas, disse o apóstolo: "É verdade que toda correção parece, de momento, antes motivo de pesar que de alegria. Mais tarde, porém, granjeia aos que por ela se exercitaram o melhor fruto de justiça e de paz" (Hb 12,11).

Esta é a recompensa da educação paterna de Deus: paz, justiça e santidade. E São Paulo nos alerta dizendo: "Tenho para mim que os sofri­mentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada" (Rm 8,18). Portanto, não nos assustemos com o sofrimento de cada dia. É por isso que Jesus nos disse: "Tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lc 9,23).

Há "ervas daninhas" em nossa alma que podem matá-la. Deus Pai não pode permitir isso, muitas vezes, Ele tem até de "cortar um galho da árvore" para não permitir que a "erva má" tome conta da "planta" e a mate. O Senhor faz isso conosco também, porque nos ama. Ou será que você que é pai e mãe nunca levou um filhinho para tomar uma dolorosa injeção? Você duvida que o fez por amor? A mesmíssima coisa o Todo-poderoso faz conosco; algumas vezes, Ele nos leva para tomar uma dolorosa e curativa “injeção”.

Não reclame, agradeça, porque você não é mais criança! Diga como Santo Agostinho: "Corta Médico divino, corta fundo, desde que minha alma não morra!"

O Criador nos ama e por isso nos educa por meio das provações da vida, as quais, segundo São Tiago, produzem em nós "uma obra perfeita" (cf. Tg 1,4). Assim o Senhor destrói em nós os ídolos que querem tomar o Seu lugar em nosso coração, o qual pertence a Ele. Ele age dessa forma conosco porque somos filhos legítimos d'Ele e não bastardos.

Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, tanto mais forte ele fica! Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!

O padre Leonel França diz que "quem se decidiu a sofrer resolveu o problema de sua santificação". Para nos educar e quebrar em nós os ídolos falsos e os maus impulsos, o Todo-poderoso sabe usar as prova­ções da vida. Depois que o pecado entrou no mundo, os sofrimentos desta vida fazem parte da pedagogia paterna de Deus para nos salvar.

O salmista entendia isso: "Feliz o homem a quem ensinais, Senhor" (Sl 93,12a). Muitas vezes, o Senhor entra em uma vida por meio de um reumatismo, de uma cegueira, de uma pneumonia, um câncer, uma perna amputada... Nada disso é bom e deve ser evitado, mas Deus Pai sabe usar desses males para o nosso bem.

Musset afirma que "o homem é o aprendiz; a dor, o mestre, e nada se conhece bem quando não se sofreu".

Foto www.cleofas.com.br
Felipe Aquino