segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Então é Natal

Mas um ano termina, outro começa a chegar e com ele chegam também novos sonhos, planos, aspirações e desejos de fazer o mundo melhor. As ruas iluminadas, as casas decoradas, a troca de cartões e presentes nos contagiam. Há um clima diferente no ar que nos envolve e faz nosso lado melhor vir à tona. Gestos de ternura e perdão são espontâneos e votos de felicidades voam distâncias e cruzam mares para chegar aos corações.

Então é Natal! A esperança volta a brilhar nos horizontes, nos lares e na alma de cada um que se deixa contagiar pelo encanto desta época de paz, amor e luz. E é precisamente no contexto deste tempo que somos convidados a vivenciar o Mistério do nascimento de Cristo.

Acredito que quando celebramos o Natal algo diferente acontece dentro de nós e nos contagia, inclinando-nos à mudança, à simplicidade e à busca do essencial.

Lembro-me de que, quando eu era criança, gostava muito de ouvir as histórias a respeito do nascimento de Cristo. Depois das narrativas que sempre apresentavam diferentes versões, eu ficava tentando entender, com minha ingênua razão, por que Deus, sendo assim tão grande e podereso, foi nascer justamente em um lugar tão simples. Fui crescendo no conhecimento e encontrando respostas para a questão, mas a verdade é que elas não calam o meu coração. Não consigo ver o presépio apenas como decoração de Natal. Principalmente porque suas figuras nos falam e nos desafiam à construção de um mundo melhor.

No centro do presépio dois bracinhos de criança, que se abrem em nossa direção, cheios de ternura e de paz, nos ensinam que é abrindo os braços na direção do outro que construímos um feliz ano novo e uma feliz vida nova. Discreto e sereno lá está também José, figura tão importante no nascimento de Cristo. Homem simples, trabalhador, como tantos entre nós. Dedicação, pureza, humildade e obediência a Deus movem seu coração e conduzem suas atitudes. É com razão que padre Zezinho afirma, em uma das suas inúmeras canções, que "O mundo seria bem melhor se todo pai fosse José [...]". Ainda no presépio encontramos Maria refletindo a serenidade, a luz e a paz de que a humanidade tanto precisa. Sua ternura materna irradia e consola o coração de filhos aflitos que a contemplam, buscando aprender com ela o jeito de corresponder a Deus.

E quando vamos a caminho do presépio também nos deparamos com os Reis Magos. Eles também nos ensinam, pois envolvidos pelo encanto do Natal, trazem em suas mãos: ouro, incenso e mirra, ou seja, o que tinham de melhor para oferecer. Certamente é próprio do tempo natalino oferecermos ao outro aquilo que temos de melhor. Não falo de bens materiais, aliás, os presentes de Natal só têm sentido se simbolisam o amor que nos move a doá-los e nunca podem ocupar o centro das celebrações. Natal é tempo de oferecer o que temos de melhor sim, e o que temos de melhor habita dentro de nós, não se vende nem se compra, só pode ser oferecido. Procuremos, portanto, oferecer hoje nosso melhor sorriso, o abraço mais caloroso, a palavra mais afavel e amemo-nos uns aos outros sem esperar nada em troca.

É tempo de nos deixarmos envolver pela eterna simplicidade, alegria e pureza do presépio, expressas nos bracinhos abertos do Menino Jesus. Assim, verdadeiramente o Natal estará acontecendo em nossa vida e haverá paz na terra e em nossos corações!

Dijanira Silva

domingo, 12 de dezembro de 2010

Missionário Shalom - Quem é esse Deus?


Quem é esse Deus
pra se entregar assim em nossas mãos?
quem é esse Deus
que chora a nossa dor como uma mãe?
quem é esse Deus
que pela sua morte vida nos dar?
quem é esse Deus
pra no abrir as portas do seu céu?
quem é esse Deus
pra nos amar assim?
quem então é Deus
pra nos amar assim?
quem é esse Deus
que podemos ferir, ferindo o homem?
quem é esse Deus
tão grande, mas tão pobre e vulnerável?
quem é esse Deus
que o amor é o seu nome e o seu rosto?
quem é esse Deus
que faz de nós seus filhos sua imagem?
Quem é esse Deus
pra nos amar assim...
então é Deus..pra nos amar..assim

sábado, 4 de dezembro de 2010

Jornal Observatório Romano é referência para meios de comunicação

Nicole Melhado

Da Redação, com Rádio Vaticano (Tradução equipe CN Notícias)


Arquivo
Nesses 150 anos, o jornal passou por diversos momentos históricos, mas mantendo-se fiel às suas características cristãs
Ponto de partida dos meios de comunicação da Igreja, o Observatório Romano continua sendo uma referência para os meios de comunicação católicos. Nesta semana foi lançado em Roma, Itália, o livro “Singular jornal. 150 anos do Observatório Romano”, enriquecido com a apresentação do Papa Bento XVI.

A obra recolhe curiosidades e momentos históricos documentados pelo jormal nacido em 1861, durante um momento de ruptura do Estado italiano. Observatório Romano surgiu por iniciativa de leigos fiéis ao Pontificado.

Nesses 150 anos, o jornal passou por diversos momentos históricos como a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, mantendo-se fiel às suas características cristãs.

“Mesmo que este mundo seja, às vezes, um emaranhado de absurdos, um emaranhado de contradições, mesmo que, algumas vezes, esteja sob areias movediças, mesmo assim, esse é o nosso mundo”, enfatiza o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. Nesse sentido, o cardeal destaca a importância de um jornal católico e recorda a frase do teólogo Karl Barth: “Pela manhã o cristão deve ter a Bíblia e o jornal, no qual verifica, mede, tece, atravessa sua existência”.

Sobre a relação entre política e fé, Dom Ravasi destaca que esta relação é como um cristal delicado, e recorda a magnitude das palavras de Cristo: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.

“Há, portanto, uma autonomia da política que deve ser respeitada, um horizonte no qual a economia financeira tem suas leis próprias. Implicitamente, porém, com essas palavras, “Dai a Deus o que é de Deus”, entram em campo os grandes valores transcendentes, que devem confrontar com atenção César; não pode tranquilamente prevaricar. É uma relação recíproca, e direi, que não se pode separar, mas certamente são distintas”, esclarece o cardeal