segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Homem e Mulher em sadia convivência!



[Retirado do texto "sadia convivência"]

(...)Masculino: é o memorial, ou seja, a recordação de Deus. Podemos lembrar aqui do Homem perfeito, Jesus Cristo que é a cabeça do corpo, onde nós somos os membros. O homem é esta cabeça na sociedade, pois traz no seu interior a capacidade de fecundar, ou seja, de criar nova vida, pois viu a criação primeira. Não digo aqui de outra criação, mas de uma nova criação através do auxilio do homem, se este tiver a capacidade de olhar a criação com os olhos daquele que é o Criador. Podemos lembrar aqui de Romanos 8,19 “toda criação espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus”.

Feminino: durante muito tempo a mulher foi colocada como um ser inferior, ou seja, como alguém que não deve e não pode viver somente fazer. Mas a mulher no seu interior tem a capacidade de acolher o novo. Podemos citar quando está gestante, pois no seu físico tem uma fenda capaz de receber vida e gerá-la (vagina). Receber esta vida num contexto de amor recíproco e responsável, de amor vivido. Mas infelizmente, em nome da erotização do comercio, a mulher usa esta capacidade de acolhimento não para a vida, mas para a morte, cada vez que usa de maneira comercial o seu corpo que é dádiva da criação.

A mulher é e sempre será para o homem um mistério, pois quando esta foi criada, este estava dormindo, para que não se inchasse de orgulho, por ter sido feita dele, mas para que a reconhecesse como alguém intima dele. Feita da costela, para dizer que não esta nem acima, nem abaixo, caminha com ele, do lado dele, na intimidade de ser semelhante a ele, pois foi feita do osso dele. A mulher então é a ajuda de Deus ao homem para se salvar, pois quando este se via sozinho no paraíso não se conhecia, pois vivia a solidão do mundo incomunicável. Por isso um ajuda o outro a se salvar, pois ao ver o outro deveríamos nos ver também. Aqui podemos dar tantos exemplos de homens e mulheres que viveram uma profunda santidade sem precisar ser objeto do outro: Francisco e Clara, Bento e Escolástica, João da Cruz e Tereza D Ávila e tantos outros.
O Reino de Deus acontece quando homem e mulher vivem um relacionamento sincero de comunhão e libertação e de uma completar o outro no seu especifico. Precisamos um do outro. Por isso, a vocação do ser humano só será realizada quando este viver um relacionamento de comunhão sincera com o sexo oposto “sereis uma só carne”, e vai muito além do que se pensa sobre este termo como relação sexual. Não estou fazendo aqui uma afronta ao celibato, mas convidando a viver verdadeiras amizades entre homem e mulher, como citei acima. Todos viveram a santidade no celibato. Pois a relação homem e mulher não é opcional, nem como se vive esta relação, pois estamos num mundo onde temos que conviver com outras pessoas, não temos como fugir delas. Somos chamados a viver a unidade na diversidade de cada um.

A imagem de Deus no mundo só acontecerá então, quando homem e mulher se relacionarem como Deus os criou, pois a imagem de Deus é comunhão entre homem e mulher.


Padre Anderson Marçal
http://blog.cancaonova.com/padreanderson

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